quinta-feira, 18 de outubro de 2012

CAPÍTULO 19: "SOMOS ASSIM... OBSERVADORES"

A Clara apressou-se de ir ao encontro do Rúben e cumprimentaram-se com dois beijos.
Achei ridículo mas não dei importância. Cumprimentei-o de igual modo.
O assunto Pablo não foi tocado por nenhum de nós, o que me deixou mais tranquila.
Entrei directamente no banco de trás do carro do Rúben e o trajecto até ao restaurante foi relativamente rápido.
O Rúben tinha escolhido o "Bica do Sapato".
Tinha uma aparência retro-minimalista, mas ao mesmo tempo um ar moderno e acolhedor, ideal para socializar.
Restaurante Bica do Sapato em Lisboa
Entrámos e se por fora era bonito, por dentro era muito mais.
Assim que chegámos à recepção um empregado apressou-se em vir ter connosco.
O Rúben ficou um bocado à conversa com ele e começaram a andar, limitei-me a segui-los e o que menos esperava encontrar, encontrei...o Pablo.

Isto estava a ser bom demais para ser verdade - pensei.

Aproximamonos da mesa e este levantou-se.
Cumprimentou-me a mim e à Clara com dois beijos e ao Rúben com um abraço.

Clara: Pablo deixa-me dizer-te que tens um gosto.. - tentou escolher a palavra certa - requintado - sorriu.

Sentámo-nos e prontamente o empregado chegou ao pé nós. O Pablo acenou afirmativamente com a cabeça e o empregado retirou-se.

Sofia: É impressão minha ou têm tudo combinado?

Rúben: Não, não é impressão tua. Hoje estão por nossa conta.

Clara: E que vamos fazer?

Pablo: Se disséssemos não tinha piada, o factor surpresa domina.

Sofia: Deves ter comprado o vocabulário ontem, na feira da ladra.

Pablo: Não, ontem estive ocupado em ver uma mulher linda, dormir.

A resposta dele irritou-me, irrita-me o facto de nunca ficar com a última palavra, nunca me tinha acontecido tal coisa com alguém, parece que tem sempre resposta ou que faz de propósito para me irritar.
Lancei-lhe um sorriso amarelo.


Sorriso que a Sofia lança ao Pablo
Aquela história mal resolvida do nosso beijo, estava-me a dar cabo dos nervos, mas naquele exacto momento decidi que ia deixar de me preocupar até porque no dia seguinte já não me encontrava na cidade e muito possivelmente não o iria ver tão depressa.

O empregado trouxe o pedido que os rapazes tinham feito e comemos: Carne de Porco à Alentejana. Deixá-mo-nos rir.


Carne de Porco a Alentejana


Clara: Estão de férias até quando?

Rúben: Eu, não sei, depende se for ou não convocado para o Europeu, que deve ser já esta semana a convocatória.

Pablo: Eu comecei ontem, não vou ser convocado para a copa América, agora não sei se a minha noiva vem a Portugal ou eu vou à Argentina. E vocês, que planos têm? - quando disse a palavra "noiva" só me apeteceu calá-lo à força.

Clara: Vamos para o Gerês...

Sofia: Amanhã - interrompi para dar ênfase à frase do nosso próximo destino.

Clara: e ficamos lá mais dois dias e depois logo se vê - olhou para mim e sorriu.

Sofia: Não temos planos, nas próximas duas semanas é percorrer Portugal de lés a lés .

Pablo: Duas semanas?

Clara: Sim, é o tempo de "férias" que a Sofia tem.

Sofia: Ou melhor, que o meu pai me obrigou.

Rúben: Obrigou? - olhou-nos confuso.

Clara: Sim, caso não saibas esta menina terminou o secundário no 1º lugar do quadro de honra e queria começar logo a trabalhar durante todo o tempo de férias.

Rúben: Isso é que é vontade de trabalhar

Sofia: Não é isso, só não quero que os meus pais trabalhem tempo extra para me pagar o que quer que seja no meu trajecto universitário. Mas vamos mudar de assunto. O que vamos fazer a seguir?

Senti que o Pablo me observava, olhei de relance e estava mesmo.


Pablo

Um constrangimento apoderou-se de mim e fez com que com alguma rapidez o meu olhar.
Agradeci mentalmente quando o empregado trouxe a sobremesa que seria Leite Creme.

Clara: Estou chocada como em tão pouco tempo sabem muita coisa sobre mim, a minha sobremesa favorita. - levou a colher à tigela e depois à boca.

Pablo: Somos assim, observadores - piscou-lhe o olho.

Sofia: E agora? que vamos fazer -  pousei a colher da sobremesa já terminada.

Rúben: A seguir vamos ao cinema.

A Clara adorava cinema e não podia ter ficado mais feliz, já eu conformei-me porque era da maneira que tinha algo para me distrair e não olhar para a cara do Pablo.

Obrigado por seguirem a minha fic
quero saber se estão a gostar e peço
desculpa pelo tempo em postar, mas a inspiração
tem sido muito pouca.

domingo, 14 de outubro de 2012

CAPÍTULO 18: "JÁ DISSE QUE NÃO É NADA"

»»» Sofia «««

Estava à imenso tempo à espera que a Clara se despachasse, não sei se era pelo que sucedera ontem ou o que estava inexplicado, como era o caso da rosa encima da minha almofada, estava um pouco irritada, mas ao mesmo tempo sentia-me carente por ver a minha melhor amiga feliz com um rapaz, mesmo que seja por puro divertimento e eu continuava, como sempre, sozinha e a servir de vela.

Clara: O que tens? - perguntou, olhando-me enquanto caminhávamos a uma mesa vazia.

Sofia: Nada, só me dói um pouco a cabeça - menti. Falar do assunto "amor" era algo que me magoava muito.

Clara: Não me digas que tu e o Pablo... - Insinuou.

Sofia: Achas? Claro que não, sabes como sou e como penso. Ele tem noiva e é lógico que não sou dessas - deixei bem claro.

Clara: Também não é preciso reagires assim - tive noção que exagerei.

A nossa conversa, ou melhor, pequena discussão foi interrompida pelo empregado.
Fizemos o nosso pedido, eu uma torrada e um chá de camomila e a Clara um bolo e um UCAL. Nunca se importou com as calorias que comera nem com a linha. O seu ar esguio era uma vantagem genética, tal como a minha.
O empregado retirou-se.

Sofia: Desculpa, dormi mal e estou a descarregar em ti.

Clara: Eu conheço-te e por te conhecer desde sempre sei que algo te está a perturbar. - tocou no ponto fraco.

Sofia: Sério, não é nada, só dormi mal e depois fiquei apavorada contigo porque não te encontrava. - voltei a mentir.

A Clara apenas encolheu os ombros e não tocou mais no assunto.

Clara: Mudando de assunto, o Rúben convidou-nos para almoçar.

Sofia: Por mim tudo bem, mas não vamos chegar tarde porque amanhã bem cedo vamos embora - avisei.

A Clara concordou e comemos.
Quando terminámos ficámos à conversa sobre os mais diversos temas até chegar a hora de nos irmos arranjar para o almoço.
Regressámos ao Hotel.

**
Sofia: Olha uma coisa, não me apetece nada ir servir de vela.

Clara: Não vais servir de vela porque eu e o Rúben não temos nada e o Rúben vai levar o Pablo.

Quando ela disse o nome "Pablo" o meu estômago deu uma volta de 350º. Por momentos pensei que iria desmaiar ali mesmo.
Não estava preparada para vê-lo, mas se tivesse alguma atitude que desse a entender a minha vontade a Clara ia desconfiar.

Sofia: Pelo menos tenho companhia enquanto tu e ele estão a comer-se. - tentei parecer animada para "desviar atenções".

Tomei duche e vesti uma roupa "engraçada".
3/50 Jessica Alba
Roupa da Sofia
Maquilhei-me e como sempre fiquei sentada na cama à espera da Clara.
Aquele encontro com o Rúben fazia com que o tempo que demora normalmente foi excedido.
O telemóvel da Clara toca e esta corre, ainda descalça, para ver quem era.
Roupa da Clara
Clara: É o Rúben, diz que dentro de dez minutos está aqui, por isso despacha-te - avisou-me.

Sofia: Não sei se reparaste mas estou pronta e à tua espera à imenso tempo.

Fez um sorriso traquina e foi-se calçar e pentear.
Já prontas, a Clara recebe um toque no telemóvel e apanhou na mala.
Não precisou de dizer quem era, concluí que fossem eles.
Não queria por nada ir àquele almoço...Não queria e não queria.

Clara: Ainda me vais dizer porque estás com essa cara. - perguntou-me enquanto descíamos pelo elevador.

Sofia: Não é nada já disse - fui um bocado brusca, mas parecia que não ouvia à primeira, talvez por não ser muito convincente.

Deu-me um beijo na cara para me animar e as portas abriram-se.
Já podia ver o Rúben do outro lado da porta de vidro do Hotel.
Sorriu ao ver a Clara.
Não via o Pablo e o trajecto até ao exterior rezei muito para que este não viesse.

Será que o Pablo vai?
Como irá correr o jantar?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CAPÍTULO 17: "ATÉ QUE ENFIM.."

»»» Clara «««

Quando entrei no quarto a Sofia estava a arrumar as malas para partirmos para o Gerês no dia seguinte.
A minha vontade não era nenhuma, mas já tínhamos tudo marcado.

»»» Sofia «««

Sofia: Minha badalhoca, quero saber tudo - atirei-me para cima da cama e mostrei a minha melhor cara de curiosa.

A Clara sentou-se e respirou fundo.

Clara: Que noite meu deus - deixou-se cair para trás - nunca pensei que houvesse alguém que me satisfizesse tanto - gargalhou - tenho quase um orgasmo só de pensar.

Aquela expressão incomodou-me um bocado, pois não sabia o que era, logo, não me podia rir de algo que não sabia o que era.

Sofia: Bem...isso é que foi, queres dar pormenores?

Clara: Quando tiveres um homem destes pela primeira vez vais ver o que é bom e o que tens estado a perder - sorriu - só que quando tu o fizeres será ainda melhor porque terá sentimento e ontem foi apenas desejo.

Lá continuámos à conversa durante vários minutos, até que o telemóvel da Clara deu sinal.
Enquanto isso, fui trocar de roupa.



Celebrity Look: Jessica Alba
Roupa da Sofia
»»» Clara «««

Estava a conversar com a Sofia da minha noite de ontem e quando ia para lhe perguntar como tinha corrido a conversa com o Pablo, o meu telemóvel toca dando sinal de mensagem.
A Sofia fez-me sinal que iria trocar de roupa para sair-mos para tomar o pequeno-almoço e eu confirmei com a cabeça.
Desbloqueei o teclado e verifiquei que o número não constava na minha lista telefónica.
Hesitei um pouco antes de abrir, o primeiro pensamento foi mesmo não ler e eliminar, mas o que estava escrito chamou a minha atenção.


Mensagem de +351962***** para Clara
Olá moça :)depois de me teres violado a noite inteira acho que me deves um almoço como recompensa...vamos almoçar?beijoRúben Amorim.

Sorri com tal criatividade.
Guardei o número e respondi-lhe.


Mensagem de Clara para Rúben
olá moço :)eu violado? não me lembro de nada disso...será que fui dopada???por mim sim, mas posso levar a Sofia?beijo

Enquanto aguardava pela resposta, decidi que até não saber se o Rúben achava bem que a minha amiga fosse, até porque só tinha de aceitar para eu ir também, não a ia deixar sozinha.
Fui tomar duche e trocar de roupa. A Sofia estava ao espelho a maquilhar-se.

Fi-lo o mais rápido que pude, a curiosidade da mensagem corroía-me por dentro.
Enrolei-me na toalha e já no quarto peguei no telemóvel e a mensagem já tinha chegado.


Mensagem de Rúben para Clara
Pode sim eu levo o Pabloapanho-vos às 13H pode ser?beijo

Respondi-lhe imediatamente.


Mensagem de Clara para Rúben
Pode sim, nós vamos sair agora para tomar o pequeno-almoço na esplanada aqui do lado, mas a essa hora estamos prontas à porta do hotel.beijo

Vesti-me e maquilhei-me.
A Sofia coitada já estava farta de tanto esperar.

HELLO! by www.1dress2wear.com
Roupa da Clara
Sofia: Até que enfim - barafustou e levantou-se da cama apanhando na mala preparando-se para sair.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

CAPÍTULO 16: "ESTÁS LOUCA..."

Cheguei ao pé de onde eles estavam deitados e abanei a Clara com a intenção de a acordar.

Sofia: Acorda Clara - continuei a abaná-la.

Esta abriu os olhos e a primeira reacção que teve foi pôr a mão na cabeça, reclamando.

Clara: Ai a minha cabeça! - ao início não estava a perceber, mas ao olhar para o jacuzzi verifiquei que haviam cinco garrafas vazias de vinho.

Sofia: Normal, abusaste e de que maneira - ela olhou para mim e eu olhei para o Rúben e sorri.

Ela acompanhou-me.

Clara: Agora é a pior parte, encarar a realidade - bufou.

Sofia: Eu deixo-vos à vontade, vou até ao quarto telefonar à minha mãe, mas não te demores - Saí do recinto e subi até ao quarto.

No telemóvel procurei na agenda o número da minha mãe e cliquei no botão verde.

Sofia: Estou, mãe? - falei assim que deu sinal que a chamada tinha sido atendida.

Mãe: Olá filha, que tal de férias? 

Sofia: Está a correr tudo muito bem, foi uma óptima ideia vir de férias, mas telefonei para saber como estão as coisas.

Mãe: Estão bem, vou agora sair para trabalhar, o teu pai vai-me levar a tomar o pequeno almoço.

Sofia: Ui que amorosos que eles tão - gozei - vejam lá não me façam um irmãozinho - gargalhei.

A minha mãe limitou-se a gargalhar.
Despedimo-nos e desliguei a chamada.
Para passar o tempo, comecei a arrumar as malas já que no dia seguintes íamos embora para o Gerês.
Ouvi a porta do quarto a abrir e presumi que fosse a Clara.

»»» Clara «««

Quando a Sofia me acordou, tive um amanhecer horrível, parecia que a cabeça ia explodir.
Sentia frio.
Começámos um curta conversa até reparar que o Rúben estava ao meu lado a dormir profundamente. A Sofia entendeu que tínhamos que falar e deixou-nos a sós.

Clara: Rúben, acorda - abanei-o e aos poucos ele abriu os olhos.

Rúben: Mãe ainda é cedo, deixa-me dormir - resmungou.

Clara: Não tenho cara de tua mãe - ri, o que fez com ele se levantasse sobressaltado. - calma rapaz - gargalhei.

Rúben: O que é que aconteceu?

Clara: Achas mesmo que há necessidade de explicar?

Rúben: O que fomos fazer?! - exclamou e andou dum lado para o outro.

Eu limitei-me a sentar na espreguiçadeira e a baixar a cabeça.

Rúben: Ei ei ei -  agachou-se e fez-me olhá-lo nos olhos.- estás a pensar que estou arrependido?

Clara: Estou.

Rúben: Então estás errada, diverti-me imenso, és fantástica, mas tenho de ser sincero contigo - ficou com um ar amedrontado.

Clara: Nem eu quero outra coisa.

Rúben: Não quero mais nada contigo para além da tua amizade, atrais-me muito, muito mesmo, és ... - assoprou - um delírio de mulher, mas não quero uma relação agora.

Clara: Não precisas ficar assim, eu ia dizer o mesmo - sorri.

Rúben: Amigos? - esticou a mão.

Clara: Amigos - estiquei a minha também e demos um "passou-bem".

Ficámos um bom tempo a olhar-nos e depois lá o acompanhei à recepção e despedi-me dele.

Rúben: Como é suposto despedir-nos? - estava visivelmente confuso - nunca estive neste situação.

Clara: Eu também não, mas podemos criar a nossa própria situação.

Aproximei-me dele e beijei-o.

Beijo Clara e Rúben
Rúben: Agora que me fizeste um favor, toca-me a mim fazer-te um - mostrou a língua - e se me desses o teu número de telemóvel? Podemos combinar qualquer coisa para logo já que amanhã te vais embora, que dizes?

Clara: Digo que sim a ambos, fico à espera que me avises - sorri.

Fui até à recepção e pedi um papel e uma caneta.
Anotei o meu número e raspei o papel no meu pescoço onde continha um resto do meu perfume.
Dobrei o papel em quatro e levei-o ao bolso dos seus calções.
Lancei-lhe um sorriso matreiro.
O Rúben agarra-me no fundo das costas e empurra-me contra ele, beijando-me intensamente.

Clara e Rúben
Agarro-o pela mão e encaminho-me até ao salão de jogos e sento-me encima do piano, puxando-o pela gola da camisola e beijando-o.

Rúben: Estás louca, ainda aparece aí alguém - tento esquivar-se.

Clara: Esse risco ainda me deixa com mais vontade - mordi o lábio e voltei a beijá-lo, desta vez não negou e fizemos sexo ali mesmo.

Finalmente cada um foi para seus aposentos.

Espero que estejam a gostar
Espero muitos comentários
Beijinhos para todos


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

CAPÍTULO 14 "NÃO SÃO NADA DE ESPECIAL COMPARADAS CONTIGO"

»»» Pablo «««

A conversa com a Sofia não tinha corrido bem, pediu-me para sair e assim fiz.
Voltei a descer as escadas e voltei para o recinto da piscina interior, deparando-me com um clima "mais que romântico" na espreguiçadeira.
Apenas apanhei o cartão do quarto dentro da pequena bolsa da Clara e subi novamente para o quarto, sem dar nas vistas.
Fiquei durante largos minutos sentado à porta daquela habitação.
Conseguia ouvi-la chorar e aquele momento transtornava-me.
Não sabia o motivo que tinha feito com ela ficasse naquele estado
Senti o meu telemóvel vibrar:
flashback

Estava tão bem com o pessoal na piscina quando o meu telemóvel toca, olhei para o visor e marcava Carmén, decidi atender, era o meu amor.

Pablo: digame? - atendi a chamada.

Carmen: Hola amor mio - um sorriso formou-se nos meus lábios ao ouví-la chamar-me de "amor". - que estás a fazer que não me respondes às mensagens?

Pablo: Não ouvi o telemóvel, estive na gala do fim de época e agora estou aqui na piscina do hotel dumas amigas do Rúben - menti para que não começasse o questionário.

Carmen: E são bonitas?

Pablo: Quem?

Carmen: As tuas amigas.

Pablo: Não são nada de especial comparadas contigo - voltei a mentir, porque se fosse a dizer a verdade essa seria que a Sofia é a mulher mais linda à face da terra, já que em termos de beleza a minha noiva não é nada e exuberante, mas mesmo assim não é feia.

Carmen: Acho muito bem, é por isso que te amo, mas vai lá divertir-te, beijos amor, amo-te imenso - despediu-se.

Pablo: Eu também meu amor, besos - desliguei a chamada e logo a seguir tirei o som ao telemóvel porque sabia que mais alguns minutos iria voltar a enviar mensagem ou a telefonar.

Coloquei o telemóvel dentro do bolso.

Fim do Flashback

Era uma sms da Carmen, assoprei, odiava quando colocava pressão para lhe responder.
Apenas li

Mensagem de Carmen para Pablo


Mi amor, já estás em casa? Telefona-me quando leres esta mensagem, quero ouvir a tua voz. Beijos Te AMO! <3
Voltei a colocar o telefone no bolso, quando reparei que daquele quarto que estava a fazer quarentena não saía qualquer som.
Retirei o cartão do bolso oposto ao que tinha colocado o telemóvel e passei-o pela ranhura da porta.
A luz ficou verde e a porta abriu.
Reparei pela posição que estava deitada e na expressão a dormir que tinha adormecido a chorar.


Sofia a dormir
Aproximei-me da cama e pela respiração pude concluir que já estava com o sono pesado. Agachei-me e retirei o excesso de cabelo da frente da cara, observando o resto de lágrimas que humedecia a cara, dando ênfase à minha teoria.
Fiquei durante algum tempo a observá-la. Tinha uma expressão angelical que contrastava com a idade que tinha, apesar da sua tenra idade, já tinha traços e curvas de adulta.
Comecei a ter sono e levantei-me para sair daquela habitação, parando pelo caminho, onde retirei uma rosa da jarra que se encontrava no móvel ao lado da TV e coloquei-a sobre a almofada que estava ao seu lado, possivelmente a almofada da Clara, saí e desci até à recepção.

Pablo: Boa noite, deixo aqui o cartão da minha amiga que o deixou cair no corredor - pela expressão notou-se perfeitamente que me tinha reconhecido - podia chamar-me um táxi, porfavor?

O rapaz sorriu e apressou-se a fazer a chamada.
Agradeci, vesti a camisola e quando cheguei ao exterior já se encontrava à minha espera.
Pelo caminho mando mensagem ao Rúben.

Mensagem de Pablo para Rúben:

Mano, já estou em casa, não te preocupes comigo e aproveita a noite jajajajaaj. Abraço

»»» Sofia «««

Acordei com uma enorme dor de cabeça, parecia que ia rebentar.
Olhei para o lado e vi que a Clara não estava, um onda de preocupação invadiu-me, mas esta dissipou-se por momentos ao ver uma rosa vermelha sobre a almofada que deveria estar a minha melhor amiga.


Rosa encontrada em cima da Almofada

Não estava a perceber nada do que estava a acontecer e aquela dor de cabeça não ajudava em nada.
Fui até à casa de banho e tomei um duche rápido, vesti uma roupa confortável e desci até à recepção.


Le Bunny Bleu Hot Summer Days

Sofia: Bom dia, por acaso a minha amiga não passou aqui de manhã? - perguntei à recepcionista.

Recepcionista: Não menina, por aqui não passou - respondeu - mas deixaram aqui o cartão do seu quarto que ontem à noite ou a menina ou a sua amiga deixaram cair no corredor. - fez-me chegar o cartão do quarto.

Só podia ser da Clara eu entrei no quarto com o meu.

Sofia: Obrigado - sorri.

A minha preocupação só aumentou.
Fui até ao recinto da piscina, era o único sitio onde tinha estado ontem à noite (achava eu!).
Assim que abro a porta vejo aquilo que jamais pensaria que chegasse a ver.
A Clara e o Rúben a dormir abraçados.
Ali tinha havido história de certeza absoluta!

Clara e Rúben
Qual será a reacção da Sofia?
Espero opiniões e comentários - sem desculpa que amanhã é feriado :P
Beijo enorme
Sofia de Oliveira

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CAPÍTULO 14 - "SAI, SAI DAQUI"

Pablo Aimar
Lá estava ele, lindo de morrer e martirizava-me por isso mesmo, achava-o lindo.

Sofia: O que estás aqui a fazer? - o meu olhar paralisou nos seus abdominais perfeitamente trabalhados.

Pablo: Vim ver se estavas melhor, a Clara disse que não te estavas a sentir bem - sorriu - posso entrar?

Saí da entrada da porta para lhe dar espaço para entrar, quando ele passou, caminhou muito próximo de mim, dando-me um beijo no nariz.


Paralisei com aquele gesto!
Não o queria ali, não naquele momento que me encontrava frágil.

Sofia: já entraste...O que queres? - fui direta ao assunto.

Pablo: Já disse, queria saber se estavas melhor.

Sofia: Já vistes, podes sair.  - apontei para a porta do quarto.

Pablo: Porque é que me estás a tratar assim?

Sofia: E tu porque é que me utilizaste? - fui rude, expressei o que me estava a afectar - reclamei com lágrimas nos olhos.

Pablo: Utilizar-te? estás a falar do quê? - perguntou como se não estivesse a entender o que se passava.

Caminhei até à janela e sentei-me no pequeno espaço que estava perfeitamente construído, apreciando a paisagem.


As lágrimas teimavam em formar-se, algo inconsciente.
Odiava mostrar a minha debilidade na frente de alguém.

Sofia: Estou a falar da tua coragem de otário de me teres beijado sabendo que em chegando a casa tens outra lá à tua espera, compreendeste ou faço-te um desenho? - gritei, gritei com todas as minhas forças, derramando todas as lágrimas que até àquele momento tinha feito de tudo para engolir.


Pablo: Não tinha planeado beijar-te, aconteceu e não me arrependo. Mas porque é que estás assim?

Sofia: Tu não percebes - saí de onde estava e dirigi-me à porta do quarto, abrindo-a - sai, sai daqui - ordenei.

O Pablo ainda tentou persuadir-me mas foi em vão.
Vi-o sair pela porta e fechei-a com toda a força.
As lágrimas voltaram a formar-se.
Começava a não gostar do que me estava a acontecer, não queria que aquela situação me afectasse e só concluí que fazia todo o sentido o pânico que me dominava de algum dia me vir a apaixonar.
Chorei, chorei bastante até pegar no sono.

»»» Clara «««

Saí daquele relaxamento já que estava quase a adormecer.

Clara: Está-se tão bem aqui - sorri. - é pena a maquilhagem borrada -  limpava os restos de rímel que escorria pela cara.

Rúben: És linda de todas as maneiras - aproximou-se de mim e eu recuei.
Esse jogo durou até eu embater com as costas no limite da piscina.

Podia senti-lo respirar, o seu coração a palpitar contra o meu peito e as suas mãos a tocarem a parede da piscina, encurralando-me entre os seus braços.
Os nossos olhares estavam perfeitamente presos um no outro.
Ambos sabíamos como ia terminar aquele momentos, mais melhor que tudo, ambos queríamos muito aquele beijo.


Quando senti os seus lábios contra os meus, não sabia o que fazer, como agir para disfarçar o meu nervosismo e ansiedade de querer beijá-lo.
Ao início foi um beijo suave, mas poucos momentos depois a urgência começou a aumentar.
Entrelacei as minhas pernas na cintura dele e este aproveitou esse facto e saiu da piscina, comigo ao colo, deitando-me encima duma das espreguiçadeiras que estavam colocadas naquele recinto interior.


Deitou-se encima de mim e continuámos a beijar-nos, fi-lo trocar de posições, ficando eu por cima.

Os beijos eram sucessivos e as mãos deles passavam freneticamente pelo meu corpo molhado.
O toque dele aumentava ainda mais o desejo que sentia naquele momento.
Deixei caiu uma mão por cima dos seus calções e este calculou a minha intenção.
Saí de cima dele e ele olhou-me um pouco confuso por ter interrompido aquele momento.
Estiquei a mão e sorri, retribuindo e unindo as nossas mãos.
Puxei-o para o jacuzzi e liguei-o, começando a borbulhar.
Voltei ao seu encontro e beijei-o.

As mãos dele percorreram novamente todo o meu corpo e eu deixei descair as minhas dentro dos seus calções, estimulando-o.
O Rúben não ficou atrás e fez o mesmo, fazendo-me soltar alguns gemidos de prazer.
Sentei-me encima dele, quando o senti completamente erecto, desatei o laço da parte de cima do biquini , deixando os meus seis libertos, apenas ocultados pela espuma formada pelo aparelho.
Peguei nos seus cabelos com as minhas mãos , fazendo-o descer ao mesmo.
Já não aguentava mais naquela vontade.

Clara: faz-me tua -  pedi tirando a minha última peça de roupa.

O Rúben sorriu-me e fez um favor a ele próprio também.
Senti-o entrar em mim devagar, demos um leve gemido.
Eu adorava assumir o controlo da situação e fiz movimentos leves e circulares encima dele, enquanto lhe dava beijos fugazes na boca e no pescoço, mordendo-lhe por vezes o lóbulo da orelha.
A velocidade era cada vez mais até chegarmos ao auge do prazer.
Mudámos algumas vezes de posição.
Acabámos na espreguiçadeira já vestidos e abraçados dormimos ali mesmo.

Peço imensa desculpa pelo tempo de espera, por isso aqui fica um mega capítulo
Espero que gostem e deixem muitos comentários :)
muitos beijos
Sofia de Oliveira

sábado, 29 de setembro de 2012

CAPÍTULO 13: "E EU A PENSAR QUE O VINHO QUE BEBEMOS DAVA PARA AQUECER"

»»» Clara «««

Não sabia nem o que dizer nem o que pensar.
Respirei fundo e voltei para o Jacuzzi onde estavam os rapazes.

Rúben: Então o que tem ela? Vimo-la passar aqui com uma pressa enorme - explicou meio confuso.

Clara: Nada de especial, está cansada só isso - sorri confiante naquilo que estava a dizer.

Pablo: Importam-se que vá falar com ela? - olhou-nos à espera de resposta.

Encolhemos os braços de modo "tu é que sabes" e ele levantou-se, limpou-se à minha toalha e calçou os chinelos, saindo daquele recinto.

Clara: Alguém me importa de explicar o que se está a passar que eu não faço ideia?

Rúben: Queres saber a minha opinião? - introduziu e eu acenei afirmativamente com a cabeça - eu acho que se passou algo entre eles e a Sofia não gostou de saber que está noivo.

Era precisamente isso que pensava mas não confirmei porque, estava a fazer-me de desentendida.

Clara: Eu acho que não, porque a Sofia não é nada de andar aí aos beijos com pessoas que conhece numa noite.

Rúben: Isso não sei, mas digo-te... tenho a certeza absoluta.

Clara: E tu? Tens namorada? - Não tive noção do que perguntei até que tinha finalizado a frase.

Estava nervosíssima à espera da resposta e foi esse mesmo tempo que tirei para abrir uma garrafa de vinho tinto que tínhamos apanhado do Mini-bar que havia no nosso quarto.
Enchi dois copos e dei um grande gole num deles.

Rúben: Não não tenho namorada e como deves calcular muito menos noiva. - sorriu-me e eu sorri também, baixando a cabeça visivelmente envergonhada.

Sorriso da Clara.
O Rúben dei também um gole no vinho e depois outro e depois outro, até terminar aquela garrafa de dois litros entre muita conversa e animação.
Já estava a ficar com frio e saí da piscina.

Rúben: Onde vais?

Clara: Sair, estou com frio. - a minha dificuldade em manter o passo em linha recta era evidente.

Rúben: E eu a pensar que o vinho que bebemos dava para aquecer. - deu gargalhadas bastante audíveis.

Olhei para trás para o encarar, mas desequilibrei-me e caí na piscina.

Clara a cair à água

Com o ácool que tinha no sangue nem me dei conta o que estava a acontecer. Aí tive a própria experiência quando dizem que o álcool retarda o raciocínio.
Senti umas mãos na minha cintura e a trazer-me à superfície.

Rúben: Estás bem? - ouvia-o dizer mas estava em outro planeta. - Clara, estás bem? - dava-me leves palmadas na cara.

Clara: Estou, obrigado - sorri - salvaste-me a vida - disse ironicamente - como posso agradecer-te? - aproximei-me dele.

Rúben: Apenas relaxa - sorriu e segurou-me de modo a ajudar-me a flutuar.

Segui as suas indicações, mas por momentos não fechei os olhos, vendo como os olhos dele percorriam pelo meu corpo.


»»» Sofia «««

Estava irritadíssima, saí do lugar onde estavam eles e subi até ao quarto.
Atirei com os meus acessórios para cima da cama furiosa e fui até à casa-de-banho, onde tomei um duche e vesti o pijama.

Pijama da Sofia

Abri a cama e deitei-me, ouvindo alguém bater à porta.
Levantei-me ao pensar que seria a Clara, mas enganei-me era o Pablo.

O que será que vai acontecer?

Obrigado a todos aqueles que seguem atentamente a minha fic :)
Pedia à minha leitora anónima que deixasse o seu nome.

Beijo enorme para tod@s e bom  Fim-de-Semana.