terça-feira, 25 de setembro de 2012

CAPÍTULO 10: "ACABEI DE ENCONTRAR A TUA AMIGA"

Tentei não parecer nervosa, mas acho que a minha intenção ficou por isso mesmo, intenção.
Quanto mais aquele momento tardava em passar, mais nervosa estava.
Por outro lado não queria aquela cena se alterasse e durasse o maior tempo possível.
Os nossos olhares, como já era hábito naquela noite, cruzaram-se e o pouco discernimento que tinha foi para aperceber-me que o Pablo estava a aproximar-se de mim cada vez mais.
Podia senti-lo respirar, podia sentir a sua pulsação cardíaca junto ao meu peito.
As nossas caras estavam cada vez mais próximas e os nossos lábios quase a tocarem-se.

Sofia: Não o faças - adverti - vais arrepender-te.

Pablo: Há coisas que pelas quais os erros são para pensar depois. - dito isto saiu de cima de mim.

Esticou-me o braço e desta vez foi ele que me ajudou a levantar.

Agradeci com um sorriso e saímos do espaço exterior para o interior.

»»» Clara «««

A Sofia pediu-me para comprar-lhe outra pinha colada e assim fiz, enquanto ela ia à casa-de-banho.
Sentei-me num dos bancos à beira do balcão enquanto esperava que o meu pedido fosse servido.
Enquanto isso não acontecia, olhei para o relógio e marcava as 3:58H.
O barman colocou as bebidas encima do balcão e depois de pagar, dei um gole na minha e girei sobre mim própria no assento e dou de caras com o Rúben Amorim.


Rúben Amorim

Rúben: Sozinha?

Clara: Pelos vistos - olhei em redor - a Sofia foi à casa-de-banho mas está a demorar imenso em voltar, será que lhe aconteceu alguma coisa? -  um ar de preocupação instalou-se em mim.

Rúben: Queres ir à procura dela?

Clara: Não conheço nada disto.

Rúben: Eu vou contigo - sorriu e eu aceitei a "oferta".

Saímos do salão em direcção à casa-de-banho e a Sofia não estava lá, percorremos cada corredor daquele bar e nada...
A preocupação estava a transformar-se em desespero.

Clara: Meu deus onde é que ela se meteu? - para última esperança subimos as escadas de acesso ao terraço, mas uma "travagem" abrupta do Rúben, fez-me embarrar nas costas dele. - au! - reclamei ao magoar-me - que estás a fazer?

Rúben: Acabei de encontrar a tua amiga - apontou para o exterior através da janela que dava acesso ao lugar onde a minha melhor amiga se encontrava... com o Pablo Aimar.

Não quis levantar suspeitas sobre ambos, mas assim que os olhares deles se cruzaram, houve logo uma química incrível.
Sorri ao olhar lá para fora.
Dei meia volta e segui o corredor de volta às escadas para voltar ao bar.

Rúben: Onde vais? - perguntou ao ver que me afastava.

Clara: Voltar para baixo, anda - voltei novamente para trás, puxando-o pela mão. - deixa-os conversar.

Rúben: Só espero que eles não se entusiasmem, coisa que acho difícil, mas com um copo a mais como eles têm nunca se sabe - concluiu.

Clara: Esperas? Porquê? -  Não estava a perceber.

Rúben: Por causa do óbvio, o Pablo tem namora e segundo sei, vai-se casar para o ano.

Gelei. Não tive reacção.
Mas ainda bem que soube agora, assim não me iria esforçar em montar um esquema para que a minha amiga se apaixonasse pela primeira vez.

Continuámos o caminho de regresso ao bar.

Rúben: Queres beber algo comigo?

Clara: Pode ser, mas pago eu. - adiantei-me - como forma de agradecimento por teres ido comigo procurar a Sofia.

Ia começar a barafustar, mas lá acabou por aceitar.
Pedi um malibu-cola e ele um gin tónico.

»»» Sofia «««

O corredor de acesso à escadaria do piso onde estava situado o bar era estreito, eu segui atrás do Pablo, que melhor do que eu sabia o caminho.

Pelo trajecto ainda tropecei algumas vezes derivado à falta de concentração, estava sempre a pensar naquele quase beijo.

Pablo: Sofia, estás-me a ouvir? - aquilo soava-me como uma voz de fundo, a minha mente e o meu olhar baixaram até ao seu rabo.
Sorri com aquele olhar perverso, mas não pude deixar de olhar e mais, gostava do que via.

Derrepente o Pablo parou-se, virou-se e novamente volto a chocar com ele, o choque da minha entrada na realidade.
Desta vez não só nos olhámos, o Pablo rapidamente pousou a uma mão no fundo das minhas costas e a outra na minha cara onde me fez uma carícia suave, unindo os lábios dele aos meus.

Sofia e Pablo
Aquilo era mais que um beijo, tinha um segredo escondido...o meu segredo.


Que segredo será esse que a Sofia guarda?
Espero que tenham gostado e obrigado pelos comentários, espero que seja para continuar.

--
Aproveito para vos incentivar a começar a ler a fic Romance e Amor de Verónica Baptista... eu vou começar a ler e no próximo capítulo dou a minha opinião.

Beijinhos
Sofia de Oliveira

2 comentários:

  1. amei, é pena serem pequenos os capitulos ficamos com vontade de mais

    obrigado pela publicidade ao meu blog, espero a tua opinião num comentário.

    verô baptista

    ResponderEliminar